quinta-feira, junho 30, 2005

Pulp CSI

E o que foi aquele episódio de C.S.I. ontem, hein? Coitado do Nick, enterrado vivo e como se não bastasse, atacado por formigas lavapés - Solenopsis invicta- como descobriu Gil Grissom. Uma agonia que não desejo ao meu pior inimigo. E para completar, havia explosivos prontos para detonar se por acaso ele conseguisse levantar de sua tumba!Só não entendi porque o John Saxon se auto explodiu. Aqui, uma entrevista exclusiva com Tarantino: Behind the scenes.

quarta-feira, junho 29, 2005

Final de CSI dirigido por Tarantino

Quentin Tarantino é um fã assumido da série C.S.I: Crime Scene Investigation. Aqui, ele aparece ao lado do ator William Petersen (Gil Grissom)

Pôr do sol em Niterói

domingo, junho 26, 2005


Barra de São João, 24 de junho. 

quinta-feira, junho 16, 2005

Consensus Line:
Brooding and dark, but also exciting and smart, Batman Begins is a film that understands the essence of one of the definitive superheroes.
Acting
Bale leads the all-star cast, making the best movie Batman since Michael Keaton's excellently eccentric 1989 performance. Whereas Keaton's slight, intensely brilliant Wayne seemed to don the Batsuit to gain an edge of intimidation, Bale's Batman is simply a dark emblem expressing the rage and fury roiling underneath the billionaire's surface. His is a ferocious Dark Knight indeed. He's also effective portraying two other sides of the character's persona: the silly, randy public face of Bruce Wayne and the tortured real man underneath both guises. Of the potent supporting cast, Caine imbues Alfred with the appropriate fatherly warmth and wit while adding a fresh element of authority and capability as well; Neeson's multidimensional Ducard leaves one guessing if he's a hero, antihero, villain or all of the above; and Freeman is clearly having a ball as Batman's own "Q." Holmes is comely, capable and utterly superfluous; Tom Wilkinson tastefully chews the scenery as crime boss Carmine Falcone; and Murphy (once a close contender for the role of Batman himself) is tantalizingly creepy and villainous--the film could have used more of his off-kilter charisma. The only minor speed bump is Oldman's Gordon. His acting is always on the mark, but the character, so well-developed in the seminal comic book tale Batman: Year One, is never utilized to its fullest potential.
Direction
Along the way, every element of the Batman's back story is fleshed out in almost excruciating detail. Here's how he found the Batcave. Here's where he got the Batmobile. Here's why he has little pockets on his utility belt. Yadda, yadda, yadda. But some clever plot twists from director Christopher Nolan and screenwriter/professional comic book scribe David S. Goyer fuel the story's forward momentum. Nolan and Goyer work hard to inventively crib together a mélange of origin elements and plot points from influential comic book storytellers including original Batman creator Bob Kane, unsung early writer Bill Finger, Sin City's Frank Miller, David Mazzuccelli, Dennis O'Neil, Neal Adams and others (even bits and pieces from a comic story penned by Ducard's creator Sam Hamm, also the screenwriter behind Burton and Keaton's 1989 film). All these patches are effectively sewn into a clever quilt, creating a cohesive original tale told with entertaining gusto. However, the film does lack a certain knockout visual flair that defines the best comics--great, imposing "money shots" of the fearsome Batman are few and far between--and the action sequences are a tad too choppy, close-up and over-edited. Plus, for a film about a dude dressed as a winged mammal, it takes itself so darn seriously. The movie would definitely have benefited from a jolt of loopy outlandishness akin to Burton's undeniably quirky vision. And--despite the reigning notion that the previous films overdid the villains--a crazier, more charismatic bad guy would have done wonders to liven up the stately proceedings. There's a reason the audience burst into wild applause in the screening I saw at a third-act allusion to one of Batman's more famous adversaries. Let's hope for a little more inspired lunacy in the sequel. Hollywood
I may be bleeding, but I don't care
See where I'm leading, see I'm almost there
These days lost their meaning, but I don't care
But still we're all breathing, so cry if you dare
With the world before me to break my fall
And this wind behind me warm
The street lights embrace me, see I close my eyes
They're building wraps around me

Everyone's sleeping, but I don't care
Cause I can see reason, flowing through the air
Here comes some feeling, that no walls can hold
And clear and relieving us from the cold

With the world before me to break my fall
And this wind behind me warm
The street lights embrace me, see I close my eyes
They're building wraps around me

With the world before me to break my fall
And this wind behind me warm
The street lights embrace me, see I close my eyes
They're building wraps around me - Turin Brakes

quarta-feira, junho 08, 2005

Bombas armênias
Bernardo Araujo para O Globo
Nada como a interpretação de quem está analisando uma questão do lado de fora. A questão em questão é nada menos do que os Estados Unidos da América e sua cultura, sua paixão pela guerra, pelo imperialismo, a profunda superficialidade da Califórnia, etc. Quem interpreta tudo isso é um quarteto de rapazes esquisitos com nomes idem: Serj Tankian, Daron Malakian, Shavo Odadjian e John Dolmayan, o System of a Down, uma das bandas de rock pesado mais interessantes e bem-sucedidas do atual milênio. Descendentes de armênios — o que dá um sabor oriental a seu som — e ao mesmo tempo californianos da gema, eles lançaram recentemente seu quarto disco, “Mesmerize”, que foi direto ao primeiro lugar da parada americana.
Nas 11 músicas de “Mesmerize” — que ganharão uma continuação em “Hipnotize”, com lançamento marcado para novembro — o quarteto continua a revolução deflagrada em “Toxicity” (2001) e “Steal this album” (2002).
De fato, é difícil uma mensagem tão cristalina quanto a de “B.Y.O.B.”, primeiro sucesso de “Mesmerize”. Aos berros, Tankian (os vocais são divididos entre ele e o guitarrista Malakian) pergunta: “Por que os presidentes não vão para a guerra?/ Por que eles sempre mandam os pobres?”. No refrão, o instrumental ultrapesado e agressivo cai para uma levada dançante (que, no clipe, é acompanhada por uma troca no visual dos músicos, que ficam mauricinhos), e a dupla canta: “Todos vamos para festa/ Nos divertir a valer/ Dançando no deserto/ Explodindo o brilho do sol”. O nome da música, aliás, é um trocadilho com a expressão “Bring your own bottle”, ou “Traga sua própria garrafa”, trocando “bottle” por “bomb”.
Tom Leão: O mais louco nisso tudo é que o SOAD não faz exatamente metal. Não só. Apesar das guitarras e da bateria pesadas, o que tem por baixo das camadas são influências diversas, que passam também pelo progressivo, pelo rock clássico americano e pelo hardcore/punk, com alguns leves toques ciganos. Mas não interessa tanto o condutor, e sim o que vem dentro do pacote. A banda consegue fugir do óbvio, dos temas abstratos, da raiva por si só, e compõe um álbum extremamente ambicioso que não afunda em sua pretensão. E tudo acaba com a épica “Lost in Hollywood”. “All you bitches put your hands in the air and wave them like you just don't care” (“Todos vocês, suas vacas, botem suas mãos para o alto e as agitem como não se importassem”).
Marina W. e seu caderno de cinema
Blogueira quebra a mesmice da crítica de cinema e lança livro com suas opiniões sobre filmes, atores, diretores... O Caderno de Cinema de Marina W. é leitura obrigatória.

terça-feira, junho 07, 2005

Não estou conseguindo postar no Obsessions, meu blog oficial. Esse aqui, nunca me falha...
Estava pensando num sonho que tive nessa madrugada. Daqueles que parecem reais demais. Acordei me sentindo angustiada. Lembrei de minha amiga que se separou depois de 20 anos de casada. Eles não tinham filhos, muita gente acha que esse foi um dos motivos, porque ele queria e ela não. Não sei. Parecia que se davam muito bem, se conheciam desde a escola. Um belo dia , ele vai embora. Foi um baque para ela, que não tem emprego apesar de ser formada em arquitetura. Imagine o vazio que deve dar, tantos anos de convívio e de repente vai cada um para o seu lado.
Leio no Blowg: "Quando estava na casa de H., seu marido gritou 'Corre! Corre!'. Era pra ela ver um negócio na televisão. Casamento é assim, sempre um dos dois grita corre pro outro olhar alguma coisa que está passando na tevê e é rápido. Então me bateu uma nostalgia porque eu acho isso muito legal. Peguei Leopardo, do Visconti, na prateleira cheia de dvds." É isso mesmo, quantas vezes tivemos um momento assim? inúmeras! Falta aquela paixão do início, mas tudo passa. Às vezes, acho que não sei o que faria sem ele. Outras, quero distância. Esse sonho me assustou porque havia traição e abandono. Muitas vezes sonho que ele está me deixando. Não sei o que significa.
Leio no Cotidiano: "Comodismo é a palavra de ordem. Sete anos e eu continuo acumulando mofo.
Eu canso de estar na frente da tevê mas não me canso de assistir. Nessa roda a gente vai trocando um vício pelo outro até voltar aos anos setenta e fumar maconha ouvindo maluco beleza."
Acordei sentindo vontade de continuar dormindo. Sacudi a preguiça e levantei. Na academia, resolveram colocar música de são joão na aula de ginástica. Péssima idéia!

segunda-feira, junho 06, 2005

Superwoody
por Arnaldo Bloch
É fácil para Woody Allen saltar da tragédia para a comédia sem transição, ou, sem que percebamos, transformar o trágico no cômico, o cômico no trágico, o malfeito no sublime, o sublime em quinta categoria, a história esdrúxula em discurso shakespeariano, a arte das palavras em padrões exatos de lixo hollywoodiano... sem trocadilhos, por favor.
Por isso, cada vez que vou ver um novo filme de Woody Allen dirijo-me à sala de cinema como que movido por um dever. Um tributo que presto à inteligência, à fidelidade artística, à seriedade de princípios, e, mesmo, à própria grandeza humana, pois ser humano também é resistir a modelos absolutos.
Sinto-me como se fosse presenciar, na tela, algo raro, espécie de pensar e de dizer em franca extinção, da qual é preciso guardar os últimos registros, para a posteridade.
Lembro-me de uma crônica de Arthur Dapieve que descreve com precisão esse sentimento. O cronista citava Woody Allen como aqueles indivíduos que temos medo de perder. Dizia ter medo que Allen morresse, pois a partir deste dia o mundo e a civilização deixariam de ser os mesmos, teriam perdido uma porção considerável de sua essência.
Como o Dapieve, tenho medo que Woody Allen morra. Não é idolatria. Não enxergo nele um mito, não tremeria se diante dele estivesse. A dor da perda estaria mais relacionada com aquilo que ele pensa e expressa e, sobretudo, a maneira peculiar com que o faz. Pois hoje o pensamento do artista e a sua peculiaridade diluem-se com freqüência em formatos que fazem com que uma obra se pareça com todas as outras, feitas para um público pouco ansioso por novidade, por confronto de idéias, por reflexão, pelo rir que significa também saber, pelo choro que não alivia a angústia. Do outro lado, temos a experimentação e as vanguardas, umas autoproclamadas, outras ainda não sabidas, restritas a um público extremamente reduzido.
Allen é dos últimos cineastas que ainda sabem comunicar-se com o público concentrando em centímetro de película alto grau de reflexão e estilo. Ouvi-lo, mesmo quando não atua (caso de “Melinda e Melinda”), é privilégio que não se deve desperdiçar.

sexta-feira, junho 03, 2005


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O enigma de James Dean
Por Ricardo Calil
02.06.2005 | "Quando se lembra James Dean, uma questão sempre vem à tona: ele se tornou um mito porque era um grande ator ou por uma combinação de estilo de vida e morte precoce?
As respostas sempre foram divididas. Humphrey Bogart, por exemplo, declarou: “Foi bom que ele morreu jovem. Se continuasse vivo, não seria capaz de justificar a publicidade em torno de seu nome”. O cineasta Elia Kazan parecia concordar com Bogart, ao dizer que Dean não conseguiria manter a qualidade de seu trabalho por ser um ator instintivo, ao contrário de Marlon Brando, mais técnico.
Possivelmente a verdade está no meio do caminho. Mas a morte de Dean com apenas 24 anos, em um acidente de carro no ano de 1955, impediu uma resposta defintiva. Por causa dela, Dean nunca precisou passar pela prova do filme ruim – o que o transforma em um caso raro entre atores de qualquer parte do mundo. Com apenas três papéis de destaque, ele participou de uma obra-prima (“Vidas Amargas”, de Elia Kazan), um marco cultural (“Juventude Transviada”, de Nicholas Ray) e um filme decente (“Assim Caminha a Humanidade”, de George Stevens).
Esses três filmes compõem a bela “Coleção James Dean”, que a Warner lança agora em seis DVDs. “Assim Caminha a Humanidade” vem em edição especial de três discos, “Juventude Tranviada” em dois, e “Vidas Amargas” (inédito em DVD) em um. Cada filme é acompanhado por um farto material de extras, que incluem documentários sobre o ator, cenas de bastidores, testes para os papéis e seqüências cortadas, entre outros destaques.
Em “Vidas Amargas” (1955), parábola sobre a história de Caim e Abel baseada em livro de John Steinbeck, Dean interpreta o inquieto Cal Trask, que disputa com seu exemplar irmão Aron (Richard Davalos) o carinho e a atenção do pai, mas sempre fracassa. É o primeiro personagem de destaque de Dean e também sua melhor interpretação, o que pode ser em parte creditado ao genial Elia Kazan, talvez o melhor diretor de atores da história. No papel de um Caim do século 20, já ficam claros alguns dos traços de seu estilo: a aparência frágil, o espírito indômito, o discurso hesitante.
Em “Assim Caminha a Humanidade” (1956), seu último filme, o estilo de Dean já se aproxima perigosamente do maneirismo, em que a repetição de certos tiques físicos não dá conta do universo interior do personagem. No papel de Jett Rink, ele luta contra Bick (Rock Hudson) pelo amor de Leslie (Elizabeth Taylor), ao mesmo tempo que tenta encontrar petróleo no Texas.
“Assim Caminha a Humanidade” traz indícios preocupantes do que poderia ser a carreira de Dean nas mãos de diretores menos brilhantes. Mas ele morreria apenas duas semanas após o final das filmagens, antes de dar uma resposta para seu enigma. Ainda que não seja de suas interpretações mais inspiradas, ela foi indicada ao Oscar postumamente. Aí o mito já havia se tornado maior que o ator."
Difícil saber. Para mim, o melhor filme dele foi "Vidas Amargas". Ainda lembro a primeira vez que vi, numa dessas sessôes corujas da vida, papai ainda era vivo e assistimos juntos. Tive que disfarçar o choro...
E não importa se James Dean era gay ou não.
Watch With Kristin
Lost: If you're one of the fans who thinks the Lost finale didn't give much bang with its season-ending blasts, try this on for size: A Website Easter egg planted by the producers that gives you a glimpse of what they're planning for the second season.
Here's what you do:
1. Go to the "official" Oceanic Airlines Website.
2. At the bottom, where it says "Travellers," enter Hurley's unlucky lottery numbers: 4, 8, 15, 16, 23 and 42.
3. Click the "Find" button.
4. Click on the row numbers on the flight's seating chart that match Hurley's numbers.
5. Don't blink.
6. Change shorts.
7. Figure out what the hell it all means.
8. Email me.
9. Keep digging. The site has much more to spill.
Grave Ending:
Everything. Everyone. Everywhere. Ends. So says Alan Ball, and the end of his series Six Feet Under is no exception. After five seasons with the Fisher family, we fans must accept that the end is near, but before we start the grieving process, we have one last glorious season to look forward to, premiering this Monday. Hurrah!

quarta-feira, junho 01, 2005

Blog é coisa séria
(Reportagem da revista VEJA)
Os diários virtuais não são só para adolescentes. Sua influência já vai da política aos negócios.
Surgidos há pouco mais de cinco anos, e com a velocidade típica das invenções do mundo virtual, os blogs – ou diários da internet – estão deixando a adolescência para entrar na idade adulta. Em sua primeira fase, eles eram usados quase que exclusivamente pela garotada que queria expor sua intimidade e se relacionar com os colegas na rede. Agora, essa ferramenta começa a ser utilizada de maneira séria em campos como a política e os negócios. Por meio de blogs, cidadãos até então anônimos – de jovens militantes a jornalistas – tiveram participação marcante nas últimas eleições americanas. Eles apoiaram candidaturas, trouxeram à luz notícias quentes e fiscalizaram a cobertura da mídia. Os blogueiros, como são chamados os que se devotam à atividade, conquistaram prestígio – um emblema disso é que foram tratados com a mesma deferência da grande imprensa nas convenções partidárias. Os blogs revelaram-se uma forma de expressão extraordinária também em outras situações. Foi por meio deles que o mundo teve contato com as primeiras cenas da tragédia do tsunami na Ásia, no ano passado. Em países como a China e o Irã, eles são hoje uma arma dos dissidentes políticos. E as empresas já apostam que seu uso será cada vez mais estratégico.
Hoje, estima-se que haja mais de 30 milhões desses diários virtuais no mundo inteiro, e deve-se atingir a marca de 53 milhões até o fim do ano, de acordo com a consultoria americana Perseus Development Corp. Nos Estados Unidos, seu universo de leitores cresceu 58% entre 2003 e 2004 – nada menos do que 32 milhões de americanos navegam por blogs. Essa efervescência também já chegou ao Brasil. No mês de abril, segundo o Ibope/NetRatings, mais de 7.milhões de brasileiros visitaram blogs ou fotoblogs – sua versão específica para fotografias. Isso equivale a 60% dos internautas do país. "No ano passado, os blogs foram a área que mais cresceu na internet nacional", diz Alexandre Magalhães, do Ibope/NetRatings.
Os blogs levam às últimas conseqüências dois princípios da internet. Um deles é a interatividade. Cada texto postado num blog vem acompanhado de uma janela para que os leitores façam comentários, o que torna essas páginas espaços de debate por excelência. O outro é a formação de comunidades que vão se ampliando e se sobrepondo. Os blogs são interligados uns aos outros por meio de links – os atalhos que permitem ao usuário saltar entre as páginas da internet. Assim, um texto publicado num blog que isoladamente não atrai grande número de leitores pode de repente se espalhar de maneira exponencial. Quanto mais um blog é recomendado pelos similares, mais ganha status. Da mesma forma, o blogueiro que participa das discussões em páginas de terceiros acaba, por tabela, divulgando a sua própria. Atualmente, o campeão em popularidade nos Estados Unidos é um blog chamado Boing Boing, que fala sobre cultura pop e tecnologia. Na semana passada, havia 22.532 atalhos para seu endereço em outras páginas da internet.
Por sua natureza, um blog já nasce com a necessidade de se interligar ao máximo a seus congêneres. Se há um traço comum entre os blogueiros que se destacam é a ânsia em falar e ser ouvido. Em seu novo perfil, os blogueiros são gente com prazer e vocação para se engajar num jogo de opinião e comentário. "Blog é, antes de tudo, atitude", resume o executivo Marcello Póvoa, especialista no mercado de internet. A elite dos blogs é formada por pessoas que trabalham nas margens da grande mídia – muitas vezes, jornalistas freelancers. Há os "linkers" – aqueles que usam seu blog para repercutir as informações que circulam na imprensa, fornecendo atalhos para elas – e os "thinkers" – os que produzem o próprio conteúdo.
Essa figura do blogueiro que não se furta a uma boa discussão e faz de tudo para ser lido já desponta no Brasil. O paulista Alexandre Soares Silva é um exemplo. Ele é tradutor e aspirante a escritor, mas encontrou sua forma de atingir as pessoas por meio dessas páginas na internet. Soares Silva é expoente do Wunderblogs, comunidade que reúne blogueiros de vários estados do país. Seus textos sarcásticos garantem a ele um bom índice de visitação. Seu blog tem entre 700 e 800 acessos por dia – tanto quanto seus dois romances, somados, venderam até hoje. "Tem gente que fica indignada porque critico as cotas raciais nas universidades e falo mal da literatura brasileira. Mas eu adoro provocar", diz. • NOME: Alexandre Soares Silva
• ENDEREÇO: soaressilva.wunderblogs.com
• CRIADOR: o próprio
• O QUE É: blog cultural
• O QUE FEZ: tradutor e escritor sem projeção, conquistou seu lugar ao sol com uma página em que fala de literatura e outros temas. Num único dia, tem cerca de 800 visitas – tanto quanto seus dois romances, somados, venderam até hoje.