Cai a tarde devagar, o sol se esconde atrás das montanhas, o céu ganha um tom rosa azulado...
Há uma certa correria na rua, enquanto procuro o silêncio do quarto, mas da minha janela ouço as buzinas. As luzes se acendem aos poucos. Eu choro baixinho, eu invento uma prece, uma dor de amor, algo que valha a pena. Eu finjo que sou. Eu fujo do que sou.
Na vida estamos envolvidos o tempo todo em interpretar. Um amigo diz uma coisa que a gente não entende. A gente diz logo: "O que é que você quer dizer com isso?". Aí ele diz de uma outra forma, e a gente entende. E a interpretação, todo mundo sabe disso, é aquilo que se deve fazer com os textos que se lê. Para que sejam compreendidos. Leia mais aqui: Literatus
segunda-feira, julho 26, 2004
domingo, julho 25, 2004
Thoroughbred
Jake Gyllenhaal, the son of a screenwriter and a director, has a rock-solid Hollywood pedigree. (July 2004 issue of Vogue) Photo by Mario Testino
Estava eu aqui entusiasticamente escrevendo sobre o ator Jake Gyllenhaal , um rapaz que faz o estilo “bom demais pra ser verdade” — rico, bonito, cultivado (estudou filosofia tibetana!) e romântico — quando veio a bomba: depois de dois anos de namoro, ele e Kirsten Dunst, a mocinha cobiçada no filme “Homem-Aranha”, não dividem mais as mesmas festas. É agora que as mulheres não vão mais conseguir dormir: o astro de “O dia depois de amanhã” está solteiro. Dizem que foi Kirsten quem quis terminar: o namorado tomava muito de sua emoção e de seu tempo, e ela a cada dia está mais requisitada por Hollywood. Jake, dizem os amigos e a família, está inconsolável. O pouco de energia que lhe resta vai para “Brokeback Mountain”, de Ang Lee, a ser lançando este ano nos Estados Unidos. No filme, Jake é um caubói que é amante de outro caubói, o ator Heath Ledger (o filho de Mel Gibson em “O patriota”). Em breve, não vão ser só as mulheres a suspirar. Caderno Ela - Ana Cristina Reis
sexta-feira, julho 23, 2004
O sol resolveu aparecer e dar cores vivas à paisagem molhada. Eu e Bia saímos pra tirar umas fotos e descobrimos que até Macaé tem uns locais interessantes para fotografar. Íamos tirar uma foto da nova prefeitura, disseram que o projeto do prédio é do Niemeyer, mas não encontramos um ângulo bom. E o prédio é meio feio para falar a verdade.
quinta-feira, julho 22, 2004
Ouvindo: Interpol- Antics e The Libertines
A time to be so small
Bottom of the ocean
Saw him under the boat
Saw you making knots
Saw you get the rope
A boy appearing on the deck
Making it lurch
Bubble of your interests
Ready to burst
He whistles and he runs
Saw you in distraction of
Sleeping slow despair
Bursting in a rapture
But he wasn't even there
Feature is a creature
Though you wish you were the wind
Boat will not stop moving If you tie him up until the end
He whistles and he runs so hold him fast
Pray the lord the wants to let it last
He might succumb to what you haven't seen
He has a keen eye for what you didn't see
when the cadaverous mobs
In the doors to the tent
And man, meanwhile you cannot be
I want you to be there
When he gets to the end
Have to find a way
Emerald Wizard Radio lyrics
A time to be so small
Bottom of the ocean
Saw him under the boat
Saw you making knots
Saw you get the rope
A boy appearing on the deck
Making it lurch
Bubble of your interests
Ready to burst
He whistles and he runs
Saw you in distraction of
Sleeping slow despair
Bursting in a rapture
But he wasn't even there
Feature is a creature
Though you wish you were the wind
Boat will not stop moving If you tie him up until the end
He whistles and he runs so hold him fast
Pray the lord the wants to let it last
He might succumb to what you haven't seen
He has a keen eye for what you didn't see
when the cadaverous mobs
In the doors to the tent
And man, meanwhile you cannot be
I want you to be there
When he gets to the end
Have to find a way
Emerald Wizard Radio lyrics
segunda-feira, julho 19, 2004
Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças - O título do filme foi retirado do poema "Eloisa to Abelard", de autoria de Alexander Pope. O mesmo poema já havia sido usado pelo roteirista Charlie Kaufman em Quero Ser John Malkovich.
“Brilho Eterno” pode ser visto como uma bonita história de amor. Ou como uma defesa da psicoterapia contra soluções imediatistas de realização pessoal. Ou ainda como uma fábula sobre a importância da memória como fonte de conhecimento e de transformação. Nesse sentido, o filme é uma bela demonstração desta reflexão de Luis Buñuel sobre a memória: “É preciso começar a perder a memória para perceber que é justamente essa memória que faz toda a nossa vida. Uma vida sem memória não seria uma vida, assim como uma inteligência sem possibilidades de se exprimir não seria uma inteligência. Nossa memória é nossa coerência, nossa razão, nossa ação, nosso sentimento. Sem ela não somos nada”.
No Mínimo/Ricardo Calil
"In these deep solitudes and awful cells,
Where heav'nly-pensive contemplation dwells,
And ever-musing melancholy reigns;
What means this tumult in a vestal's veins?
Why rove my thoughts beyond this last retreat?
Why feels my heart its long-forgotten heat?
Yet, yet I love!--From Abelard it came,
And Eloisa yet must kiss the name.
Dear fatal name! rest ever unreveal'd,
Nor pass these lips in holy silence seal'd.
Hide it, my heart, within that close disguise,
Where mix'd with God's, his lov'd idea lies:
O write it not, my hand-
-the name appears Already written-
-wash it out, my tears!
In vain lost Eloisa weeps and prays,
Her heart still dictates, and her hand obeys.
How happy is the blameless vestal's lot!
The world forgetting, by the world forgot.
Eternal sunshine of the spotless mind!
Each pray'r accepted, and each wish resign'd;
Labour and rest, that equal periods keep;
"Obedient slumbers that can wake and weep;"
Desires compos'd, affections ever ev'n,
Tears that delight, and sighs that waft to Heav'n.
Grace shines around her with serenest beams,
And whisp'ring angels prompt her golden dreams.
For her th' unfading rose of Eden blooms,
And wings of seraphs shed divine perfumes,
For her the Spouse prepares the bridal ring,
For her white virgins hymeneals sing,
To sounds of heav'nly harps she dies away, And melts in visions of eternal day.
Canst thou forget that sad, that solemn day,
When victims at yon altar's foot we lay?
Canst thou forget what tears that moment fell,
When, warm in youth, I bade the world farewell?
As with cold lips I kiss'd the sacred veil,
The shrines all trembl'd, and the lamps grew pale:
Heav'n scarce believ'd the conquest it survey'd,
And saints with wonder heard the vows I made.
Yet then, to those dread altars as I drew,
Not on the Cross my eyes were fix'd, but you:
Not grace, or zeal, love only was my call,
And if I lose thy love, I lose my all.
Come! with thy looks, thy words, relieve my woe;
Those still at least are left thee to bestow.
Still on that breast enamour'd let me lie,
Still drink delicious poison from thy eye,
Pant on thy lip, and to thy heart be press'd;
Give all thou canst--and let me dream the rest.
Ah no! instruct me other joys to prize,
With other beauties charm my partial eyes,
Full in my view set all the bright abode,
And make my soul quit Abelard for God.
http://oldpoetry.com/poetry/4632
O poema é imenso e não está todo aqui, quem quiser pode vê-lo na íntegra, é só clicar no link acima.
E agora lembrei que assisti um filme - não sei o nome - em que os personagens principais se chamavam Eloisa e Abelardo. Eles viviam um romance proibido já que ele era um padre. E o tio dela acabava mandando castrar o pobre Abelardo...
“Brilho Eterno” pode ser visto como uma bonita história de amor. Ou como uma defesa da psicoterapia contra soluções imediatistas de realização pessoal. Ou ainda como uma fábula sobre a importância da memória como fonte de conhecimento e de transformação. Nesse sentido, o filme é uma bela demonstração desta reflexão de Luis Buñuel sobre a memória: “É preciso começar a perder a memória para perceber que é justamente essa memória que faz toda a nossa vida. Uma vida sem memória não seria uma vida, assim como uma inteligência sem possibilidades de se exprimir não seria uma inteligência. Nossa memória é nossa coerência, nossa razão, nossa ação, nosso sentimento. Sem ela não somos nada”.
No Mínimo/Ricardo Calil
"In these deep solitudes and awful cells,
Where heav'nly-pensive contemplation dwells,
And ever-musing melancholy reigns;
What means this tumult in a vestal's veins?
Why rove my thoughts beyond this last retreat?
Why feels my heart its long-forgotten heat?
Yet, yet I love!--From Abelard it came,
And Eloisa yet must kiss the name.
Dear fatal name! rest ever unreveal'd,
Nor pass these lips in holy silence seal'd.
Hide it, my heart, within that close disguise,
Where mix'd with God's, his lov'd idea lies:
O write it not, my hand-
-the name appears Already written-
-wash it out, my tears!
In vain lost Eloisa weeps and prays,
Her heart still dictates, and her hand obeys.
How happy is the blameless vestal's lot!
The world forgetting, by the world forgot.
Eternal sunshine of the spotless mind!
Each pray'r accepted, and each wish resign'd;
Labour and rest, that equal periods keep;
"Obedient slumbers that can wake and weep;"
Desires compos'd, affections ever ev'n,
Tears that delight, and sighs that waft to Heav'n.
Grace shines around her with serenest beams,
And whisp'ring angels prompt her golden dreams.
For her th' unfading rose of Eden blooms,
And wings of seraphs shed divine perfumes,
For her the Spouse prepares the bridal ring,
For her white virgins hymeneals sing,
To sounds of heav'nly harps she dies away, And melts in visions of eternal day.
Canst thou forget that sad, that solemn day,
When victims at yon altar's foot we lay?
Canst thou forget what tears that moment fell,
When, warm in youth, I bade the world farewell?
As with cold lips I kiss'd the sacred veil,
The shrines all trembl'd, and the lamps grew pale:
Heav'n scarce believ'd the conquest it survey'd,
And saints with wonder heard the vows I made.
Yet then, to those dread altars as I drew,
Not on the Cross my eyes were fix'd, but you:
Not grace, or zeal, love only was my call,
And if I lose thy love, I lose my all.
Come! with thy looks, thy words, relieve my woe;
Those still at least are left thee to bestow.
Still on that breast enamour'd let me lie,
Still drink delicious poison from thy eye,
Pant on thy lip, and to thy heart be press'd;
Give all thou canst--and let me dream the rest.
Ah no! instruct me other joys to prize,
With other beauties charm my partial eyes,
Full in my view set all the bright abode,
And make my soul quit Abelard for God.
http://oldpoetry.com/poetry/4632
O poema é imenso e não está todo aqui, quem quiser pode vê-lo na íntegra, é só clicar no link acima.
E agora lembrei que assisti um filme - não sei o nome - em que os personagens principais se chamavam Eloisa e Abelardo. Eles viviam um romance proibido já que ele era um padre. E o tio dela acabava mandando castrar o pobre Abelardo...
quarta-feira, julho 07, 2004
Precisa-se de um amigo Vinicius de Moraes
Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimento, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objectivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoas tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.
Paul Auster lança livro novo
Globo Online
A história de um escritor em crise que recupera a inspiração ao comprar um caderno azul na loja de um chinês em Nova York é a trama de "Noite do oráculo", novo título do americano Paul Auster, que está no Brasil, junto com a mulher, a escritora Siri Hustvedt. Os dois participarão da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que começa hoje. No livro, Auster constrói um romance labiríntico, com diversas tramas narrativas misturadas, em mais uma história de mistério. O personagem principal se chama Sidney Orr e tem sua vida embaralhada com os mesmos acontecimentos que descreve em seu caderno. Em recuperação depois de passar por uma doença grave, Orr caminha numa certa manhã pelo Brooklyn e entra numa papelaria recém-aberta, onde compra um caderno azul.
Orr volta à carreira de escritor nas linhas quadriculadas do caderninho, reimaginando um dos episódios do clássico "O falcão maltês": o homem de família Flitcraft renasce depois de sofrer um acidente numa obra, abandona a mulher e os filhos, cai na estrada e se casa novamente, sucumbindo ao ciclo inevitável da classe média.
Para Orr, a história tem mais nuances: Flitcraft é (mal)casado editor de livros chamado Nick Bowen, que quase morre quando um gárgula de pedra cai da fachada de um prédio no West Side nova-iorquino. Convencido de que recebeu uma nova chance na vida, Bowen se muda para o Kansas, levando consigo o manuscrito inédito de um lendário escritor, chamado "Noite do oráculo".
Enquanto trabalha no livro, Orr começa a perceber coisas estranhas na sua própria vida. Sua mulher Grace começa a se comportar como se escondesse um segredo, e a papelaria recém-aberta se fecha dois dias depois que ele comprou o caderno azul. E, o mais estranho, Orr parece começar a desaparecer conforme vai escrevendo as notas no tal caderno. Um amigo, outro escritor, avisa: "os cadernos azuis são amistosos, mas podem ser muito cruéis também, e você tem que cuidar para não se perder".
Globo Online
A história de um escritor em crise que recupera a inspiração ao comprar um caderno azul na loja de um chinês em Nova York é a trama de "Noite do oráculo", novo título do americano Paul Auster, que está no Brasil, junto com a mulher, a escritora Siri Hustvedt. Os dois participarão da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que começa hoje. No livro, Auster constrói um romance labiríntico, com diversas tramas narrativas misturadas, em mais uma história de mistério. O personagem principal se chama Sidney Orr e tem sua vida embaralhada com os mesmos acontecimentos que descreve em seu caderno. Em recuperação depois de passar por uma doença grave, Orr caminha numa certa manhã pelo Brooklyn e entra numa papelaria recém-aberta, onde compra um caderno azul.
Orr volta à carreira de escritor nas linhas quadriculadas do caderninho, reimaginando um dos episódios do clássico "O falcão maltês": o homem de família Flitcraft renasce depois de sofrer um acidente numa obra, abandona a mulher e os filhos, cai na estrada e se casa novamente, sucumbindo ao ciclo inevitável da classe média.
Para Orr, a história tem mais nuances: Flitcraft é (mal)casado editor de livros chamado Nick Bowen, que quase morre quando um gárgula de pedra cai da fachada de um prédio no West Side nova-iorquino. Convencido de que recebeu uma nova chance na vida, Bowen se muda para o Kansas, levando consigo o manuscrito inédito de um lendário escritor, chamado "Noite do oráculo".
Enquanto trabalha no livro, Orr começa a perceber coisas estranhas na sua própria vida. Sua mulher Grace começa a se comportar como se escondesse um segredo, e a papelaria recém-aberta se fecha dois dias depois que ele comprou o caderno azul. E, o mais estranho, Orr parece começar a desaparecer conforme vai escrevendo as notas no tal caderno. Um amigo, outro escritor, avisa: "os cadernos azuis são amistosos, mas podem ser muito cruéis também, e você tem que cuidar para não se perder".
terça-feira, julho 06, 2004
Cheiro de chuva na grama molhada... Vontade de comer um bolo saído do forno. Vontade de andar na chuva sem me preocupar com nada. Vontade de sair da bolha, deixar a passividade de lado. Às vezes me sinto como uma flor na estufa, vendo tudo mas sem poder tocar em nada, sem movimento. Bobagem. Não consigo escrever. Os posts aí embaixo traduzem melhor meus sentimentos mesmo sem terem sido escritos por mim. Estranho?
segunda-feira, julho 05, 2004
Vaquinhas de Estimação
Claudia Letti
(1º.março.2002)
Todo mundo conhece aquela história do psiquiatra que prescreve como tratamento a aquisição de uma vaca para colocar dentro de casa. Não há problema que não se transforme em solução, se você ousar colocar a tal da vaca para conviver com toda a família. Mas é bom prestar muita atenção, porque o verdadeiro problema mesmo, é quando a gente se apega na vaca, a tal ponto que tem a sensação de que a casa vai ficar uma tristeza só sem ela.
Na verdade, todo mundo tem a sua vaquinha bem tratada e inseparável. Acostumados estamos a assistir (ou viver) sempre o mesmo filme, e ouvir lamentações tão velhas quanto o tempo que conhecemos as pessoas que as contam. Temos uma amiga que vive um péssimo casamento. Cada vez que nos encontramos, ela conta algum fato como se fosse inédito, mas que a mim parece sempre o mesmo. Nós, suas amigas, já lhe apontamos várias alternativas, e ela mesma já comprou todos os livros que o mercado oferece como sugestão. Mas, não move um músculo para mudar a situação. Com o tempo, o casamento se transformou na sua vaquinha, e tenho cá a impressão de que essa nossa amiga trata do animal com muita consideração e apreço. Só de pensar em se desfazer dele, ela estremece.
Isso é assim com pessoas que estão infelizes no mesmo trabalho há muitos anos, ou que fazem de uma relação familiar um verdadeiro inferno, e até mesmo amizades que vivem de altos e baixos, cujo objetivo maior parece ser ter com quem, de quem, e do que reclamar. Resolvendo isso, o que será de suas vidas? Como será estar em paz a maior parte do tempo e, principalmente, que motivações serão colocadas no vazio que ocupará esse espaço?
Mas, não vamos subestimar nossas vaquinhas, algumas até de estimação. Afinal, elas são fontes de aprendizado. Tudo bem que é melhor aprender com alegria, mas já diz a letra daquela música "quando a gente está contente nem pensar a gente quer, a gente quer é viver", e talvez por isso mesmo, seja mais difícil aprender qualquer coisa em momentos felizes. Na alegria a vida passa, leve.
E também é bom separar as vaquinhas dos limões. Esses últimos são mais cotidianos, aparecem às dúzias no prazo de uma semana, e geralmente terminam em encorpadas limonadas, que descem garganta abaixo — mesmo com pouco açúcar. Já as vaquinhas são mais pesadas, complicadas de matar, exigem um certo desprendimento e muito sangue frio. É trabalhoso, mas pode valer à pena, especialmente se você anda cansado das mesmíssimas coisas e estiver disposto a mandar a vaca para o brejo. E, depois, um bom churrasco sempre pode ser providenciado.
Claudia Letti
(1º.março.2002)
Todo mundo conhece aquela história do psiquiatra que prescreve como tratamento a aquisição de uma vaca para colocar dentro de casa. Não há problema que não se transforme em solução, se você ousar colocar a tal da vaca para conviver com toda a família. Mas é bom prestar muita atenção, porque o verdadeiro problema mesmo, é quando a gente se apega na vaca, a tal ponto que tem a sensação de que a casa vai ficar uma tristeza só sem ela.
Na verdade, todo mundo tem a sua vaquinha bem tratada e inseparável. Acostumados estamos a assistir (ou viver) sempre o mesmo filme, e ouvir lamentações tão velhas quanto o tempo que conhecemos as pessoas que as contam. Temos uma amiga que vive um péssimo casamento. Cada vez que nos encontramos, ela conta algum fato como se fosse inédito, mas que a mim parece sempre o mesmo. Nós, suas amigas, já lhe apontamos várias alternativas, e ela mesma já comprou todos os livros que o mercado oferece como sugestão. Mas, não move um músculo para mudar a situação. Com o tempo, o casamento se transformou na sua vaquinha, e tenho cá a impressão de que essa nossa amiga trata do animal com muita consideração e apreço. Só de pensar em se desfazer dele, ela estremece.
Isso é assim com pessoas que estão infelizes no mesmo trabalho há muitos anos, ou que fazem de uma relação familiar um verdadeiro inferno, e até mesmo amizades que vivem de altos e baixos, cujo objetivo maior parece ser ter com quem, de quem, e do que reclamar. Resolvendo isso, o que será de suas vidas? Como será estar em paz a maior parte do tempo e, principalmente, que motivações serão colocadas no vazio que ocupará esse espaço?
Mas, não vamos subestimar nossas vaquinhas, algumas até de estimação. Afinal, elas são fontes de aprendizado. Tudo bem que é melhor aprender com alegria, mas já diz a letra daquela música "quando a gente está contente nem pensar a gente quer, a gente quer é viver", e talvez por isso mesmo, seja mais difícil aprender qualquer coisa em momentos felizes. Na alegria a vida passa, leve.
E também é bom separar as vaquinhas dos limões. Esses últimos são mais cotidianos, aparecem às dúzias no prazo de uma semana, e geralmente terminam em encorpadas limonadas, que descem garganta abaixo — mesmo com pouco açúcar. Já as vaquinhas são mais pesadas, complicadas de matar, exigem um certo desprendimento e muito sangue frio. É trabalhoso, mas pode valer à pena, especialmente se você anda cansado das mesmíssimas coisas e estiver disposto a mandar a vaca para o brejo. E, depois, um bom churrasco sempre pode ser providenciado.
Crônica do Dia: Dias de dança
Eduardo Prearo
"Os dias de dança, escassos e em si constrangedores, terminaram. A aparência está levemente tranformada. Imaturidade, insatisfação, solidão? Que impaciência para fazer fuxicos! Não ia mais à missa porque queria ser filho do fogo. Nem tudo é deprimente, nem mesmo a solidão, mais indesejada quando exposta. A relativa miséria limita sim, isso é verdade. Há vinte anos que nunca se presenciou desemprego igual. Acendo meu archote na escuridão. Poucos olham para trás; a maioria continua olhando para o fundo da caverna. Há o elã no desespero e o amor se foi, despachou-me. As baratas eram voyeurs, todo mundo tinha arma ou pelo menos dizia que tinha, os desinfetantes azedavam nos pratos, porém não houve crescimento. Não cresci. Agora fico a dançar diante do começar de novo. Ou melhor, ficava. Se fosse só eu, mas lá fora há tanta miséria, há tanta gente pedindo. Se bem que criatividade parece não faltar a esta nação.
Perseguição é palavra proibida, risível. Ninguém me persegue, eu é que sou imperfeito. Algum comentário que é espada, é merecimento, portanto do bem. Vagabundo, vagabundo, vai trabalhar, vagabundo. Não há receptividade para este olhar; Bogart faria melhor. Não há ninguém para ajudar ainda mais diante do condenável; há o desespero, suspeitas de exploração, revoltados, palavras traidoras. Prevenir é melhor do que remediar. Cabe bem esse clichê a um imaturo? Que adaptação fraca, não? O que será passado no futuro? São Paulo? Acendo meu archote na escuridão. Eu e mais dois.
Estava lendo o jornal mas acabei pondo fogo nele. E achei isso grotesco. Já pensou ser um mister em sobrevivência na selva de pedra? Ser capcioso não resolve, perder por pouco é ruim. Pela primeira vez, diviso gigantes na cidade. É de certa forma raro e maravilhoso. Gente que parece ter dado certo. Adoro essa gente. Sinto, mas tenho que correr pelos campos desertos...e naturalmente dão graças por isso ou não; poucos sabem que existo.
O crepúsculo de ontem estava magnificentíssimo: o céu cobalto-claro com cirros alaranjados pegou-me de surpresa e de certa forma o contemplei. Mas hoje chove e como! O curto-circuito não afetou somente a casa, afetou a alma. Resgata-se algo do século passado, mas o mal é novamente descoberto. Estou na chuva sentindo meu cheiro de homem. Imperdoável, é isso. Imperdoável. Agora sim nem esta maçã com mel adiantará. Invejei os cabelos masculinos, alguns, invejei os seguranças usando banheiros femininos. Aqui pareço atração de circo, disse a mim mesmo. Mas era mentira, pecado. Agora sim...agora sim também estou um palhacinho!
O requinte ainda está por vir. Acaba-se com a vida, esse desespero é terrível, o de não saber o que fazer por algum momento, o de não encontrar fé em si mesmo. Mas nada é impossível, nada. Venham crianças, venham até mim! Mas não vêm, não vou até elas, sou parte delas, temo surtos psicóticos. Enfim, atraí o que não queria, e agora é o fim, ou pelo menos parece. A televisão agora é somente um fio luminoso horizontal, alguma válvula pifou. Gostava de assistir filmes neozelandezes, onde sempre havia alguma criança traumatizada.
Problemas, todos tem. E não quero dar problemas a ninguém. Quem gosta de problemas? Adorar problemas é título de filme.
Estou quase ultrapassando os limites do lamento. A não ser que surja alguém me culpando, estou quase conseguindo. Como é-se burro, Jesus. Diz-se que até existe um muro para isso, para o lamento! Deve ser no Oriente Médio. Eu nunca deixei de perdoar ninguém, nunca tive motivos para perdoar ninguém. Sinal que ninguém nunca me maltratou. A gravidade das mágoas alheias fez-me punir-me. 26.junho.2004"
Eduardo Prearo
"Os dias de dança, escassos e em si constrangedores, terminaram. A aparência está levemente tranformada. Imaturidade, insatisfação, solidão? Que impaciência para fazer fuxicos! Não ia mais à missa porque queria ser filho do fogo. Nem tudo é deprimente, nem mesmo a solidão, mais indesejada quando exposta. A relativa miséria limita sim, isso é verdade. Há vinte anos que nunca se presenciou desemprego igual. Acendo meu archote na escuridão. Poucos olham para trás; a maioria continua olhando para o fundo da caverna. Há o elã no desespero e o amor se foi, despachou-me. As baratas eram voyeurs, todo mundo tinha arma ou pelo menos dizia que tinha, os desinfetantes azedavam nos pratos, porém não houve crescimento. Não cresci. Agora fico a dançar diante do começar de novo. Ou melhor, ficava. Se fosse só eu, mas lá fora há tanta miséria, há tanta gente pedindo. Se bem que criatividade parece não faltar a esta nação.
Perseguição é palavra proibida, risível. Ninguém me persegue, eu é que sou imperfeito. Algum comentário que é espada, é merecimento, portanto do bem. Vagabundo, vagabundo, vai trabalhar, vagabundo. Não há receptividade para este olhar; Bogart faria melhor. Não há ninguém para ajudar ainda mais diante do condenável; há o desespero, suspeitas de exploração, revoltados, palavras traidoras. Prevenir é melhor do que remediar. Cabe bem esse clichê a um imaturo? Que adaptação fraca, não? O que será passado no futuro? São Paulo? Acendo meu archote na escuridão. Eu e mais dois.
Estava lendo o jornal mas acabei pondo fogo nele. E achei isso grotesco. Já pensou ser um mister em sobrevivência na selva de pedra? Ser capcioso não resolve, perder por pouco é ruim. Pela primeira vez, diviso gigantes na cidade. É de certa forma raro e maravilhoso. Gente que parece ter dado certo. Adoro essa gente. Sinto, mas tenho que correr pelos campos desertos...e naturalmente dão graças por isso ou não; poucos sabem que existo.
O crepúsculo de ontem estava magnificentíssimo: o céu cobalto-claro com cirros alaranjados pegou-me de surpresa e de certa forma o contemplei. Mas hoje chove e como! O curto-circuito não afetou somente a casa, afetou a alma. Resgata-se algo do século passado, mas o mal é novamente descoberto. Estou na chuva sentindo meu cheiro de homem. Imperdoável, é isso. Imperdoável. Agora sim nem esta maçã com mel adiantará. Invejei os cabelos masculinos, alguns, invejei os seguranças usando banheiros femininos. Aqui pareço atração de circo, disse a mim mesmo. Mas era mentira, pecado. Agora sim...agora sim também estou um palhacinho!
O requinte ainda está por vir. Acaba-se com a vida, esse desespero é terrível, o de não saber o que fazer por algum momento, o de não encontrar fé em si mesmo. Mas nada é impossível, nada. Venham crianças, venham até mim! Mas não vêm, não vou até elas, sou parte delas, temo surtos psicóticos. Enfim, atraí o que não queria, e agora é o fim, ou pelo menos parece. A televisão agora é somente um fio luminoso horizontal, alguma válvula pifou. Gostava de assistir filmes neozelandezes, onde sempre havia alguma criança traumatizada.
Problemas, todos tem. E não quero dar problemas a ninguém. Quem gosta de problemas? Adorar problemas é título de filme.
Estou quase ultrapassando os limites do lamento. A não ser que surja alguém me culpando, estou quase conseguindo. Como é-se burro, Jesus. Diz-se que até existe um muro para isso, para o lamento! Deve ser no Oriente Médio. Eu nunca deixei de perdoar ninguém, nunca tive motivos para perdoar ninguém. Sinal que ninguém nunca me maltratou. A gravidade das mágoas alheias fez-me punir-me. 26.junho.2004"
sexta-feira, julho 02, 2004
LOS ANGELES (Reuters) - O ator Marlon Brando, um dos mais influentes de sua geração, morreu aos 80 anos, informou a mídia local nesta sexta-feira.
As Muitas Mortes de Marlon Brando por Pablo Villaça.
O ator vivia sozinho num bangalô de um quarto, que fica na Mullholland Drive, em Los Angeles. No livro, um visitante anônimo descreve a casa como "claustrofóbica", com cortinas de contas, típicas dos anos 70, e sofás velhos. Brando foi indicado sete vezes ao Oscar de melhor ator: em 1951, por "Uma rua chamada pecado"; em 1952, por "Viva Zapata!"; em 1953, por "Júlio César"; em 1954, por "Sindicato de ladrões" ("On the waterfront"); em 1957, por "Sayonara"; em 1972, por "O poderoso chefão" (The godfather) e em 1973, por "O último tango em Paris" ("Last tango in Paris"). Venceu em 1954 e 1972, quando recusou o prêmio, em protesto contra o tratamento recebido pelos índios americanos.Conhecido pela imagem sedutora e seus romances, Brando estava obeso nos últimos anos. Ele chegou a confessar, numa entrevista de 1990 que a fama tinha destruído a sua vida: "sofri muitas desventuras na vida: ser famoso e rico", disse. A causa da morte do ator não foi revelada. Segundo informações do advogado e de amigo da família (em entrevista à rede Fox News), Brando foi internado à perto da meia noite de quarta para quinta-feira e faleceu às 18h20 deste 1º de julho.
Fonte: O Globo e UOL. O que eu posso dizer? Eu adorava Marlon Brando, mesmo nem tendo nascido no auge do sucesso dele, eu me encantei com sua presença marcante em filmes como: "Um Bonde Chamado Desejo", "Júlio César","Sindicato de ladrões","A face oculta","Caçada humana","Queimada","O Último tango em Paris", entre os mais antigos. Vou alugar "A Cartada Final", que ele fez com Edward Morton e Robert De Niro. Mas se pudesse, reveria "A streetcar Named Desire". É esperar para ver quais filmes as tvs vão escolher para homenageá-lo. Quais você ecolheria?
veja mais sobre a carreira desse ícone: Mondo Brando
As Muitas Mortes de Marlon Brando por Pablo Villaça.
O ator vivia sozinho num bangalô de um quarto, que fica na Mullholland Drive, em Los Angeles. No livro, um visitante anônimo descreve a casa como "claustrofóbica", com cortinas de contas, típicas dos anos 70, e sofás velhos. Brando foi indicado sete vezes ao Oscar de melhor ator: em 1951, por "Uma rua chamada pecado"; em 1952, por "Viva Zapata!"; em 1953, por "Júlio César"; em 1954, por "Sindicato de ladrões" ("On the waterfront"); em 1957, por "Sayonara"; em 1972, por "O poderoso chefão" (The godfather) e em 1973, por "O último tango em Paris" ("Last tango in Paris"). Venceu em 1954 e 1972, quando recusou o prêmio, em protesto contra o tratamento recebido pelos índios americanos.Conhecido pela imagem sedutora e seus romances, Brando estava obeso nos últimos anos. Ele chegou a confessar, numa entrevista de 1990 que a fama tinha destruído a sua vida: "sofri muitas desventuras na vida: ser famoso e rico", disse. A causa da morte do ator não foi revelada. Segundo informações do advogado e de amigo da família (em entrevista à rede Fox News), Brando foi internado à perto da meia noite de quarta para quinta-feira e faleceu às 18h20 deste 1º de julho.
Fonte: O Globo e UOL. O que eu posso dizer? Eu adorava Marlon Brando, mesmo nem tendo nascido no auge do sucesso dele, eu me encantei com sua presença marcante em filmes como: "Um Bonde Chamado Desejo", "Júlio César","Sindicato de ladrões","A face oculta","Caçada humana","Queimada","O Último tango em Paris", entre os mais antigos. Vou alugar "A Cartada Final", que ele fez com Edward Morton e Robert De Niro. Mas se pudesse, reveria "A streetcar Named Desire". É esperar para ver quais filmes as tvs vão escolher para homenageá-lo. Quais você ecolheria?
veja mais sobre a carreira desse ícone: Mondo Brando
quinta-feira, julho 01, 2004
That's life, that's what all the people say.
You're riding high in April,
Shot down in May
But I know I'm gonna change that tune,
When I'm back on top, back on top in June.
I said that's life, and as funny as it may seem
Some people get their kicks,
Stompin' on a dream
But I don't let it, let it get me down,
'Cause this fine ol' world it keeps spinning around
I've been a puppet, a pauper, a pirate,
A poet, a pawn and a king.
I've been up and down and over and out
And I know one thing:
Each time I find myself, flat on my face,
I pick myself up and get back in the race.
That's life
I tell ya, I can't deny it,
I thought of quitting baby,
But my heart just ain't gonna buy it.
And if I didn't think it was worth one single try,
I'd jump right on a big bird and then I'd fly
I've been a puppet, a pauper, a pirate,
A poet, a pawn and a king.
I've been up and down and over and out
And I know one thing:
Each time I find myself laying flat on my face,
I just pick myself up and get back in the race
That's life
That's life and I can't deny it
Many times I thought of cutting out
But my heart won't buy it
But if there's nothing shakin' come this here july
I'm gonna roll myself up in a big ball and die...
You're riding high in April,
Shot down in May
But I know I'm gonna change that tune,
When I'm back on top, back on top in June.
I said that's life, and as funny as it may seem
Some people get their kicks,
Stompin' on a dream
But I don't let it, let it get me down,
'Cause this fine ol' world it keeps spinning around
I've been a puppet, a pauper, a pirate,
A poet, a pawn and a king.
I've been up and down and over and out
And I know one thing:
Each time I find myself, flat on my face,
I pick myself up and get back in the race.
That's life
I tell ya, I can't deny it,
I thought of quitting baby,
But my heart just ain't gonna buy it.
And if I didn't think it was worth one single try,
I'd jump right on a big bird and then I'd fly
I've been a puppet, a pauper, a pirate,
A poet, a pawn and a king.
I've been up and down and over and out
And I know one thing:
Each time I find myself laying flat on my face,
I just pick myself up and get back in the race
That's life
That's life and I can't deny it
Many times I thought of cutting out
But my heart won't buy it
But if there's nothing shakin' come this here july
I'm gonna roll myself up in a big ball and die...
Macaroni and cheese again? Santa criatividade, Batman! Ensaio da apresentação do ballet, Bia e as coleguinhas caçoando da turma baby que não acertava a coreografia.Desde pequenas, já tão críticas!
"- Oi e aí? Fez aquilo que pedi? Não? Mas como não?"
Final de temporada das séries na tv e eu faço o quê? Acompanho a novela das 8? Mas eu não suporto aqueles atores cariocas imitando o sotaque nordestino! Eu não sou paraíba, porra!
Ói Nóis Aqui Traveiz!
"Parece estranho a gente não ter a noção exata do papel que tem no mundo, mas é realmente muito comum isso comigo.
Não sou conhecida, não sou famosa, mas isso também não faz de mim mais uma na multidão. Parece óbvio? Pois é, não era pra mim. A verdade é que os extremos me são muito familiares enquanto o caminho do meio é algo por onde não transito muito bem. Ou sou a melhor amiga ou uma ilustre desconhecida. Na minha fantasia, claro.
Alguns fatos têm me feito acordar pra essa nova possibilidade. Ser lembrada por algumas pessoas pra quem eu julgava ser insignificante. Saber que o que dói aqui dói lá também, que ninguém é tão importante ou tão desimportante assim. E a grande descoberta é que, em alguns momentos, eu me subestimo demais."
"- Oi e aí? Fez aquilo que pedi? Não? Mas como não?"
Final de temporada das séries na tv e eu faço o quê? Acompanho a novela das 8? Mas eu não suporto aqueles atores cariocas imitando o sotaque nordestino! Eu não sou paraíba, porra!
Ói Nóis Aqui Traveiz!
"Parece estranho a gente não ter a noção exata do papel que tem no mundo, mas é realmente muito comum isso comigo.
Não sou conhecida, não sou famosa, mas isso também não faz de mim mais uma na multidão. Parece óbvio? Pois é, não era pra mim. A verdade é que os extremos me são muito familiares enquanto o caminho do meio é algo por onde não transito muito bem. Ou sou a melhor amiga ou uma ilustre desconhecida. Na minha fantasia, claro.
Alguns fatos têm me feito acordar pra essa nova possibilidade. Ser lembrada por algumas pessoas pra quem eu julgava ser insignificante. Saber que o que dói aqui dói lá também, que ninguém é tão importante ou tão desimportante assim. E a grande descoberta é que, em alguns momentos, eu me subestimo demais."
Assinar:
Postagens (Atom)