segunda-feira, junho 21, 2004

Medo. Dúvidas. Incertezas. Invento subterfúgios, não vou à lugar algum. Finjo a dor e a alegria desse dia a dia. Espero pelo vento para me levar. Estou me curvando ao tempo que é finito. Não, essa vida não é um ensaio, é uma represa que vai vazando até desembocar num rio ou num deserto. Eu sinto que estou escoando lentamente para esse vazio. Minha revolta é muda, meus movimentos em vão. Não gostei desse papel que eu mesma inventei para mim, por que não posso abandonar esse personagem e começar um outro completamente diferente? Eu quero viver e não apenas existir.

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