Por Leandro Fortino - da Folha
Letras inspiradas na natureza e na coletividade pintam com cores psicodélicas o som de algumas bandas da atualidade.Comunhão com a natureza e colaboração com a coletividade são ordens a serem seguidas. Esse espírito hippie típico dos anos 60 ainda impera, pelo menos na temática, na atitude e no comportamento adotados por algumas das bandas de rock dos dias de hoje.
No topo da lista do que poderia ser denominado "rock freak" está a veterana Flaming Lips (leia entrevista ao lado), atração mais surpreendente do festival Claro que É Rock, que acontece no dia 26, em São Paulo, e, no dia seguinte, no Rio.
Outras bandas desse, digamos, "movimento" fizeram shows no Brasil recentemente: a canadense Arcade Fire, que mostrou no palco uma verdadeira festa (em que o clima de companheirismo imperou entre os integrantes que, entre si, trocavam de instrumentos o tempo todo), e a americana Mercury Rev, liderada pelo guitarrista e vocalista Jonathan Donahue, que foi da formação do Flaming Lips nos anos 90 e que incorporou a natureza ao rock viajandão.
A Inglaterra é representada pelo quarteto The Magic Numbers, formado por dois casais de irmãos. Eles lembram muito (mesmo) o grupo Mamas & the Papas, mas o som traz um forte espírito folk, que também é muito relacionado à cultura hippie.
A vida em comunidade também remete aos anos 60, e o grupo de Nova York Clap your Hands Say Yeah se beneficia disso.
Foi por meio de comunidades na internet que a banda ganhou projeção internacional com um som que lembra o Talking Heads, um dos grupos mais imitados pela nova música americana e que também serviu de inspiração para outra banda de "rock freak", o Modest Mouse. "Boas notícias para quem ama más notícias" é o nome do melhor disco deles. Mais freak, impossível.
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