Rio, 20 de junho de 2004
O resgate da teoria dos sonhos
As idéias de Freud de que os sonhos são um modo de vislumbrar desejos inconscientes foi desacreditada a partir dos anos 1950, quando pesquisas mostraram a relação entre o ato de sonhar e o movimento rápido dos olhos (o sono REM), este controlado por substâncias químicas, como a acetilcolina, e estruturas cerebrais que nada tinham a ver com emoção e motivação. Hoje, pesquisas mostram que os sonhos e o sono REM são controlados por mecanismos distintos, embora interajam. Segundo o professor Mark Solms, os sonhos são produzidos por circuitos instintivos-motivacionais do cérebro. “A conceituação ‘psicológica’ dos sonhos voltou a ser cientificamente respeitável”, escreveu ele na “Scientific American”. Já o professor de psiquiatria de Harvard J. Allan Hobson continua a achar que a bizarrice dos sonhos é gerada por mecanismos químicos do tronco encefálico durante o sono REM. “Remendos neurobiológicos não vão dar um jeito na enrascada da psicanálise”, rebateu ele, na “Scientific American”. Freud tinha razão
matéria do Jornal da Família.
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